ANTÔNIO BRUNO e ERNESTO ZWARG
Na quebrada da serra
Mora um índio arredio.
Na quebrada da serra
Mora um índio arredio.
Já não há mais esperanças
Nesse seu olhar vazio
Pois tiraram suas terras,
Sua alma, seu Brasil.
Ensinou palavras
Tão bonitas em Tupi.
E contou suas lendas
À luz da lua que é Jaci.
Lembra os bichos que morreram,
Lembra a mata que morreu;
Lembra as tribos que morreram,
Lembra o mundo que acabou.
O Pajé da aldeia
Canta numa oração.
No Abarebebê,
Ante a desolação:
Na quebrada da serra
Mora um índio arredio.
Na quebrada da serra
Mora um índio arredio.
Mora um índio arredio.
Na quebrada da serra
Mora um índio arredio.
Já não há mais esperanças
Nesse seu olhar vazio
Pois tiraram suas terras,
Sua alma, seu Brasil.
Ensinou palavras
Tão bonitas em Tupi.
E contou suas lendas
À luz da lua que é Jaci.
Lembra os bichos que morreram,
Lembra a mata que morreu;
Lembra as tribos que morreram,
Lembra o mundo que acabou.
O Pajé da aldeia
Canta numa oração.
No Abarebebê,
Ante a desolação:
Na quebrada da serra
Mora um índio arredio.
Na quebrada da serra
Mora um índio arredio.
Baixe e ouça a música "Os Índios" clicando AQUI
Música composta em parceria com seu irmão, Ernesto Zwarg, ecologista, jornalista e politíco, um dos atores principais na transformação da Juréia em reserva ecológica. Ernesto mobilizou os cidadãos da região na Romaria de Iguape (cortejo que saía de Peruíbe e ia até Iguape andando sobre o caminho antigo do Imperador - ramo do Peabiru) a população se engajou em protestos contra a Usina Nuclear que seria construída na Juréia sobre a trilha e toda cultura que havia ali, os caiçaras, o antigo caminho dos índios e a floresta.
Mas como nem sempre o pior acontece, o homem, o governo, e a população comprenderam a necessidade de mantermos a floresta e a cultura... Vencemos! Nada de Usina (que se mudou para Angra dos Reis), nada de concreto sobre a nossa história... E depois de expulsar o projeto dos militares, o tombamento como reserva foi inevitavel. Mas o perigo continua, precisamos de um novo gigante como Ernesto Zwarg, para manter o maior pedaço de Mata Atlântica que sobrou.
A familía Zwarg, criou um grande repertório de canções e poemas sobre o Litoral de São Paulo, os três discos lançados de forma independente, ainda nos anos 70, sob um selo ECOBRAS (possivelmente idealizado por Ernesto), o primeiro LP com gravações de Antonio Bruno, o segundo foi "Praias, canções e Ecologia" (baixe AQUI) com grandes músicos e cantores como Vidal Sbrigi, Alex Sis, Roberto Luna Junior, Rosaly Lima, Roberto Sion, Pedro Paulo, Mário Martins, Luiz Risada, Antonio, Ernesto e Itiberê Zwarg. O terceiro foi "Da Juréia ao Himalaia - Caminhos da Liberdade, (baixe aqui) os três discos são inovadores em varios sentidos, por terem sido de forma independente das grandes gravadoras, por terem uma temática ecologista totalmente poética, sensível e pela musicalidade cosmopolita do estado de São Paulo.
Essas canções são tão importantes para concertos, para o turismo no litoral, para conscientizar populações em áreas de preservação e para o professor de ensino Médio e Fundamental, não apenas nas cidades onde o repertório fala especificamente, mas das áreas metropolitanas de São Paulo onde a população vai passear no Litoral.
Essas canções são tão importantes para concertos, para o turismo no litoral, para conscientizar populações em áreas de preservação e para o professor de ensino Médio e Fundamental, não apenas nas cidades onde o repertório fala especificamente, mas das áreas metropolitanas de São Paulo onde a população vai passear no Litoral.
Ale Minuti
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